Faça hoje a mudança, seja Vegetariano!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Reclaim the Fields ( acampamento europeu sobre agricultura de 30/9 a 4 de Outubro)


Para quem quer começar a trabalhar na agricultura, para quem já nela vive, como é o caso dos camponeses e das camponesas, para quem ainda não tem acesso à terra, ou ainda para quem luta por recuperar a sua soberania alimentar vai realizar-se na quinta de Cravirola, em Minèrve, no sul da França, entre os dias 30 de Setembro e 4 de Outubro de 1909, um acampamento europeu sobre agricultura. O encontro organiza-se ao redor de 4 temas:


- Ser camponês: como é que os jovens podem ter acesso à terra e começar a trabalhar na agricultura camponesa.

- Como concretizar o apoio mútuo, a cooperação entre todos os interessados na agricultura camponesa

- Agricultura camponesa e agro-ecologia. Quais são os desafios para resfriar o planeta?

-Compreender a situação actual da agricultura, fortalecer a nossa solidariedade e a nossa capacidade em realizar acções: como juntar as nossas forças para defender os camponeses de amanhã?

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Plantas aromáticas e medicinais da Estrela contribuem para a fixação de populações



A Câmara de Seia e a Universidade de Coimbra estão a desenvolver um projecto com vista à fixação de pessoas nas aldeias da Serra da Estrela, potenciando o seu desenvolvimento com a criação de ideias empreendedoras centradas na comercialização de plantas aromáticas e medicinais. O projecto “Abordagem Multidisciplinar à Conservação de Plantas Aromáticas e Medicinais do Parque Natural da Serra da Estrela”, apresentado à população no passado dia 4 de Julho, tem como objectivos estabelecer as bases científicas para a conservação da diversidade vegetal, integrar o potencial científico da Universidade de Coimbra no desenvolvimento local e promover Seia como centro de educação ambiental e científica, potenciando a «existente vocação ambientalista» da Câmara de Seia e «conferir-lhe um lugar de destaque nesta matéria a nível nacional».

O projecto centra-se nas Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM) do PNSE e na criação das bases científicas e logísticas para o desenvolvimento do empreendedorismo local nesta área. Envolve uma equipa alargada que começou por efectuar um levantamento etnofarmacológico das plantas utilizadas em medicina popular em todas as freguesias do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), de modo a reunir informação sobre as plantas que são utilizadas para este fim.

Populares identificam 103 espécies com propriedades aromáticas e medicinais.
De acordo com Fátima Sales, do departamento de Ciências da Vida e Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra e coordenadora científica do projecto, este levantamento «foi o ponto de partida» porque foi recolhido o saber tradicional, uma mais-valia que em breve será retratada em livro. Foram efectuadas 64 entrevistas, com 66 informadores, tendo sido referenciadas 103 espécies com propriedades aromáticas e medicinais, possuindo, algumas delas, outras utilizações.

Das espécies inventariadas destacam-se o hipericão, a malva, o sabugueiro, a macela, a erva-de-são-roberto, a alfavaca-da-cobra e a carqueja. Paralelamente, começaram a ser herborizadas as plantas constantes no levantamento, «o que permitirá constituir um herbário de referência» que irá também possuir outras espécies vegetais da Serra da Estrela. Segundo Fátima Sales, estão também a ser recolhidas sementes destas espécies para conservação e armazenamento no banco de sementes do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), de forma a garantir a sua preservação. Outra vertente do projecto é a produção e propagação das plantas com maior potencial de comercialização, deixando-se de se recorrer às populações selvagens que crescem e florescem no Parque Natural. Para isso, estão a ser incentivados agricultores e viveiristas interessados em produzir as espécies com maior potencial de comercialização. «Desta forma, far-se-á uma utilização sustentável da flora do PNSE, sem recorrer às populações selvagens», salienta a coordenadora científica do projecto.
Validação científica das plantas.
Para se comprovar a validação científica dos usos tradicionais das PAM, estão a ser efectuadas análises laboratoriais de várias espécies, o «que permitirá seleccionar aquelas que se mostrem mais promissoras para subsequente investigação e propagação», salienta Maria Teresa Batista, do Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra. A investigadora sublinhou que «estão em curso processos de optimização, que visam rentabilizar a biomassa vegetal, por recurso a procedimentos extractivos, que criteriosamente aplicados de forma sequenciada permitam obter produtos naturais de constituição química e de propriedades biológicas e aplicações industriais diversas». Referiu ainda que o objectivo «é avaliar o potencial terapêutico e industrial, nas vertentes antioxidante, anti-inflamatória e anti-microbiana», das espécies que pululam o Parque Natural da Serra da Estrela por possuir um «excelente ecossistema» para estimular a produção de compostos bioactivos nas plantas que sobrevivem às condições agrestes da montanha.Durante a apresentação do projecto à população, no passado dia 4 de Julho, Luís Rodrigues, investigador do AMCPAM, salientou a mais-valia do banco de sementes do CISE, que conta já com uma colecção de mais de uma centena de espécies, com previsão de um aumento significativo nos próximos anos. O banco tem também como objectivo servir a população através da disponibilização de plantas propagadas a partir do material vegetal recolhido e armazenado.

Projectar e promover Seia como concelho de preservação ambiental.
Para convencer as muitas pessoas presentes a praticar o cultivo das plantas, o engenheiro agrónomo Luís Alves, técnico de agricultura biológica, agricultor e viveirista, apresentou o Cantinho das Aromáticas, localizado em Vila Nova de Gaia, que tem como principal vocação a produção e comercialização de plantas aromáticas, medicinais, condimentares, bem como outras espécies espontâneas da Flora Ibérica, aliando os princípios da agricultura biológica aos métodos de produção, afirmando-se como a primeira e única do género em Portugal, contando já com uma produção de cerca de 150 espécies e variedades distintas.Sendo uma iniciativa multidisciplinar na área da botânica, o presidente da Câmara de Seia espera que esta actividade contribua para a fixação de populações locais, contribuindo para o seu enriquecimento através da realização de uma actividade complementar. Carlos Filipe Camelo espera ainda que o projecto, implantado há um ano no CISE, sirva para «projectar e promover Seia» como concelho de preservação ambiental, tornando uma referência nesta matéria.O projecto é implementado pelo Município de Seia (CISE), em parceria com a Universidade de Coimbra, através do Departamento de Ciências da Vida e Centro de Estudos Farmacêuticos, e co-financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), no âmbito do Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro. Tem uma duração de dois anos e todas as suas componentes confluem para um fim último, que se centra a nível da conservação das PAM, da educação científica e ambiental e do fomento do desenvolvimento local.

sábado, 24 de julho de 2010

Lista de Mercados Biológicos em Portugal


www.agrobio.pt
AGROBIO - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica

UE dá 8 milhões para projectos ambientais


Portugal vai ter direito a 7,6 milhões para gastar em projectos na área ambiental depois da atribuição do fundo europeu para o Ambiente 2007-2013

São 7,6 milhões de euros, dirigidos a 7 projectos, que Portugal tem para gastar na área ambiental

no quadro do fundo europeu para o Ambiente, no valor total de 249,8 milhões de euros.
Entre as candidaturas provenientes de Portugal na terceira vaga do programa «Life+», o fundo europeu para o ambiente 2007-2013, Bruxelas escolheu sete projectos, avança a Lusa.
Entre os escolhidos estão quatro na área da Natureza, com um co-financiamento de cinco milhões de euros, a serem executados pela Quercus (dois), Universidade de Aveiro e Serviço do Parque Natural da Madeira.
A lista completa-se com dois projectos no domínio da informação e comunicação, que serão desenvolvidos pelo Serviço do Parque Natural da Madeira e pelos Parques de Sintra ¿ Monte da Lusa, e ainda um projecto em matéria de governação e política ambiental, da autoria do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, com dotação de 1 milhão de euros.